Algo
começado, não sei por que lado
paralelo
à algum plano, como restos lançados
ao
fardo temido de conter puro engano.
Sou
retrato rasgado, desmilinguido
sitiado
em qualquer canto, sem dimensão
num
deslize insano de cavaco e soprano.
Enfadonho
e “desritmado”, aforismo da aparência de ser
um legado ligado ao instante, tão
adergado
como primeiros versos decorados no delírio de bar qualquer.
Fingir
ser poeta é melhor do que sê-lo, afaga um ego pungente
floreado
por vividas cortesãs, a arar o jamais germinado.
E
na fantasiosa solidão de um quarto, desligado de tolos recados
nesse esforço escavar profundo
poço
em
rocha com plumas e afagos;
essa odiosa ilusão, causa
profundos espasmos
na
dileta ausência do escárnio.
É quase um pecado externar essas vis
lamúrias,
em palavras que só decretam amor
abjeto
apenas o desejo de tê-lo, pueril,
pleno e concreto
e
quem sabe, demarcado no profundo inverno que me resta,
na herança que fui, como
pronúncia e esboço.
gianovik