O
silêncio me inspira;
me
expira votos, segredos disfarçados de fábulas.
Anuncia, desnuda todo vazio, como o tilintar de badalos mudos.
Nem
o chiado ao vibrar dos lábios denuncia qualquer resquício, qualquer
barulho.
É
o silêncio meu predador cínico, maroto, infiel e absoluto.
Inquieto
e voraz, absorto no vazio das lufadas por cada fresta de ar.
É soberano, orquestrando a chegada de um vazio oculto, ardiloso,
em
rajadas castigadas por gélido olfato, sempre sedento,
vazado
na atmosfera engastada, em único e mortal desfecho.
gianovik
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