Em
vultos revoltos, vejo rostos, brisas e cheiros
papéis
de carta em giro perfeito, furacões e lembranças
fardos
inteiros, cestos e bornais, o arroio das aves;
E
afinal? O que vejo?
Retratos
que se movem, paredes deslizantes
corpos
em movimento, meu eu, estanque, passivo
altivo
e distante, rebuscado em sombras e escaninhos
como
em um teatro, com carrosséis desbotados
espalhados
por todos os lados, assistindo inerte, sozinho
o
desfile dos amores passados.
Palhaço,
vilão e vítima, todas as possíveis faces
emolduradas,
nos botões do meu casaco
perfazem
o caminho em volta dos erros, pequenos tropeços
quase
nenhum acerto, mas afinal o que vejo?
Um
riso torto, impregnado, dedicado, em renuncia
de
um homem em sua escalada final,
pois
não há dúvida, que tudo enfim
teve
um singelo começo.
gianovik
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