Vi-te em
mim todas as noites,
e
desejei mergulhar neste vazio a tanto conhecido,
via-te
em vultos distantes, desbotada, aquarela salpicada de cores,
brilhantes,
transpirando seus tons de lírio e pétalas cor de sangue,
fascinante
junto ao sol arfante, pairando entre o céu, mar, rios,
florestas,
como
numa festa desordenada; de vaga-lumes vidrados,
voando ressabiados, explícitos alvos nesse irreversível contato.
voando ressabiados, explícitos alvos nesse irreversível contato.
Eras tão
presente que na ausência de ti não mais pensei em procurar,
dentro
de mim sabia simples e certeiro, sempre onde se ausentava.
Escondida
ali, como eu, infante e medrosa,
na copa
da mais alta e frondosa árvore, recolhida no ventre verde da flora.
Então
ali juntos, no bailar do leque de galhos e folhas, pássaros e
insetos,
na
sinfonia rupestre de ruídos secretos, éramos de fato um só sonho,
simples
e abjetos ao mundo, perfeitos, sem precisar estar jamais em outro lugar.
Feitos
um para o outro, livres do torto e do certo,
criados a imagem do nosso universo, felizes, sem mais ninguém por perto.
criados a imagem do nosso universo, felizes, sem mais ninguém por perto.
Declaro-te
sonho perfeito. Onde mais desejaria estar ?
gianovik
Nenhum comentário:
Postar um comentário