Só
sombras
Só
sombras caminham ao meu lado.
Não
há recado, diálogo
nada
que traduza fausto legado
só
a latência surda e abafada do tísico compasso.
As
escuras não se profetizam versos
ardores
penosos, banzo dos covis abafados
ternura
no cintilar dos braços, cabelos, pêlos ouriçados
em consonância e luxúria com tenros pecados.
Só
a vil transparência dos vultos
em
negrumes fulgores, lado a lado
num
cortejo solene e marcado.
E
assim o amor foi guardado
exilado
no interior ressequido
de
cálices remissos, fétidos, enferrujados.
gianovik
gianovik
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