quinta-feira, 7 de março de 2013

Como quem escreve pra si mesmo.

       Escrever, escrever, escrever … quando aprendi essa coisa, e aprendi bem cedo, descobri que não importava o que, quando ou o que, nunca mais pararia.

       Não interessava se o fosse profuso, estúpido, ridículo, hilário, errôneo ou sem sentido.

        Escrever com letra ruim, escrever sobre meus rabiscos, rabiscar de novo e tentar encontrar coerência, reler antigos escritos e achá-los de uma fugacidade e dissonância tremendas, não importava, quando o nó da existência apertava a garganta o laço era desfeito na ponta da caneta, no pedaço de giz fremido no chão, no rabisco no canto do caderno, nas teclas de uma velha e antiga máquina de datilografia, no papel de feira, no verso da conta de supermercado, no teclado velho e empoeirado do computador, enfim, as comunicações e efusões de letras, garranchos e símbolos, como numa catarata psicográfica eram regurgitadas e canalizadas na sequência de inúmeros textos, contos, alguns poemas juvenis e terapias auto cognitivas. Escrever sempre foi meu real ponto de intersecção com a realidade.

        Escrever sempre foi princípio, meio e fim pra toda prova cabal de meu particípio pleno neste mundo. E não pretendo parar !

gianovik

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