Escrever,
escrever, escrever … quando aprendi essa coisa, e aprendi bem cedo,
descobri que não importava o que, quando ou o que, nunca mais
pararia.
Não interessava se o fosse profuso, estúpido, ridículo,
hilário, errôneo ou sem sentido.
Escrever com letra ruim, escrever
sobre meus rabiscos, rabiscar de novo e tentar encontrar coerência,
reler antigos escritos e achá-los de uma fugacidade e dissonância
tremendas, não importava, quando o nó da existência apertava a
garganta o laço era desfeito na ponta da caneta, no pedaço de giz
fremido no chão, no rabisco no canto do caderno, nas teclas de uma
velha e antiga máquina de datilografia, no papel de feira, no verso
da conta de supermercado, no teclado velho e empoeirado
do computador, enfim, as comunicações e efusões de letras, garranchos
e símbolos, como numa catarata psicográfica eram regurgitadas e
canalizadas na sequência de inúmeros textos, contos, alguns poemas
juvenis e terapias auto cognitivas. Escrever sempre foi meu real
ponto de intersecção com a realidade.
Escrever sempre foi princípio, meio e fim pra
toda prova cabal de meu particípio pleno neste mundo. E não
pretendo parar !
gianovik
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