quinta-feira, 7 de março de 2013

l'éternité...

"Encontro-me assim, em viagem incessante,
 dentro do trem, pelas estradas, errante como poucos,
aguilhoeiro das estepes, das farpas
dos campos e das multidões uivantes.
As vezes te encontro nesses caminhos,
seja o vestígio perdido de teu vestido, liso,
esvoaçante, curvilíneo,
cruzando e desaparecendo pelo pulsar de um espelho.

Outrossim chego quase a te tocar ,
Sinto o ouriço de teus pelos resvalar em meus dedos,
 a energia magnética quase a anodizar minhas texturas,
 meus anseios atritar nossas carnes translúcidas,
riso maroto estampando sempre um quase, um quem sabe ...

E o retalho desses louros moldado 
a imagem da vida,
que esquálida e sedenta, julga-se perdida no tempo,
Ridícula perfídia, louca e aguerrida,
Nada iguala-se a tão sublime momento. 

Quando a eternidade nos une, gruda,
solda, liqüefaz, e a matéria se desfaz em pó,
como pirilampos alçando vôo
 em todo esplendor do firmamento."

gianovik

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