Quando
me vens em tela vazia
sei
pintar como poucos.
Barris
de tintas tragados pelo tablado
usar
o reflexo adocicado de um sol;
mareado
pra
forjar contornos
emoldurar
lábios
endurecer
ternos olhos
preencher
fendas em seu dorso.
Como
coleções de estrelas e pulsares
bordo-as
em mínimas sutilezas
na
reentrância dos lóbulos
nos
vales das costelas
nas
ancas com seus sobrados.
Sei
dosar o tempo de secagem
estirar-te
pra alcançar mínimos detalhes
encontrar
segredos, baús, alguns naufrágios
nada
que já não tivesse riscado
e
por cima desenhado a pulso marcado
as
certezas de tão confesso amor.
gianovik
Nenhum comentário:
Postar um comentário