domingo, 23 de junho de 2013

Nada será ...





Imprudente vocifera
mas nada segue adiante
de tantos fatos se apodera
colos, escoras, laços mitigantes;
afinal, como ser tão inconstante ?

Visto às penas e lamúrias
lutas fracas, forças mornas
alias, e o que importa ?

Pois nada será como antes ... 
 

Não deve a face aos infelizes
o outro gomo aos errantes
em cada lacre que desnuda
espasmos, estrépitos, rangidos;
também pudera !
Como a cingir gemidos
tal qual fera adernante.

Cai por terra, afasta as hastes
areia, poeira e lama
encerra seu Lácio suspiro
brame o discurso dos incautos
e nisso encerra o melodrama
arquejante ao ser ouvido.

Da carne nada mais lhe resta
grita alto, farto e orgulhoso
e na prosódia que se encerra,
essa ode urbana e senil
ecoa, reverbera, caça o sentido...

Pois nada será como antes …






gianovik

Nenhum comentário:

Postar um comentário