"Já não
tenho tempo.
Já não
dependo da escravidão da cronologia.
O tempo
escravizou com normas e prazos cada aviltante momento.
Basta de
tantas normas que perfilaram sonhos contra muros escuros,
emparedaram
esperanças na triste contagem dos minutos.
Não quero
mais nortear instantes por ponteiros tão sádicos,
não vejo
necessidade, o próprio desejo de ansiar perdeu fôlego,
pois não
tem mais referencial, sol que se põe ou girassóis a lhe pajear.
O calar do
tempo esvaziou a querela dos dias, pois não sabe mais
o que são
meses, distantes da própria definição de si.
Foi então que
desse nada o silêncio fez morada,
e assim
pude finalmente existir."
gianovik
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