Tenho
medo, de quando o verbo me falta.
Somem-se
as pernas, o gás dos pulmões,
a
engenharia das mãos, o brilho ocular
a
cadência de todas sensações.
Escoasse
tudo, só não a avidez da fala
do
ouvir, permear, lacear a naturalidade
a
eloquência da expressão, o retumbar articulado
na
intensidade frisar os sons.
Nada
enraíza mais, do que o amor ritmado,
o desejo
esculpido em livros,
a ideia
furtiva na poesia,
os
versos descoordenados.
Tudo
pouco marcado.
Mas
nesta empatia, num último esforço
marcar
em brasa, só com palavras
almas
sedentas por cor.
gianovik
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