terça-feira, 14 de maio de 2013

Íris





Qual arco-íris vaidoso,
não sentiria remorso ,
ao saber por terceiros ,
que nos olhos certeiros ,
há mais cores que seus compostos .

Fugaz seria a vitrine,
a explorar multicores ,
 quais seriam os temores ?
e novamente o engano.

De todas as formas de brilho,
pela luz produzidas ,
ao saber que no fio ,
da mais simples neblina ,
há mais cores e vida,
no piscar dos teus olhos ,
que no reflexo temente,
de narcisos ilusórios.

Que dirá o arco-íris ,
com as luzes entre pernas ,
a se encolher de vergonha,
ao encontrar na íris tua ,
a própria luz criadora.

gianovik

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